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Pedro Fabro  (1506/1546)

O saboiano. Pedro Fabro, é originário da pequena aldeia de Villaret, na região alpina de Saboia, filho de simples camponeses. Estudou numa humilde escola, mas revelou-se de tal modo dotado, que foi admitido no Colégio de La Roche com 12 anos.

Em 1525 chega a Paris, para prosseguir os seus estudos, ainda sem ter decidido que curso seguir. Conhece então Inácio que lhe dá os Exercícios Espirituais, nos quais decide fazer-se padre, sendo ordenado em 1534 (o 1º do grupo), e passando a integrar o grupo de Inácio. Era o unico sacerdote, quando os sete companheiros pronunciam os votos de Montmartre. O seu trabalho pastoral será muito voltado para o dar exercícios (vários são os exercitantes, Jayo, Codure, Broet, Borja, Canisio). Foi o primeiro jesuíta enviado à Alemanha. O legado pontificio junto de Carlos V, pede que ele seja seu conselheiro nas discussões de Worms, Spyer e na Dieta de Regensburg. Em Julho de 1544 Inácio envia-o a Portugal e a Espanha. A morte colhe-o de repente. No seu regresso a Roma, uma febre leva-o a 1 de Agosto de 1546. Deixou escrito um diário espiritual. Veio a ser beatificado em 1872, pelo Papa Pio IX e canonizado em 2013 pelo Papa Francisco.

 

Francisco Xavier (1506/1552)
Afonso Salmerón  (1515/1585)

Nascido no Castelo de Xavier, em Navarra, de nobre família. Foi estudar para Paris, onde foi mestre em Artes, chegando a ensinar na Universidade. Resgatado às influências erasmianas, por Inácio de Loiola, veio a integrar o grupo.

Fez os votos de Montmartre e foi enviado para o Oriente, como resposta ao pedido do rei de Portgal, D. João III. Após ter missionado as costas da Pescaria, chega ao Japão com o intuito de chegar à China.

Morre extenuado em Sancian, a 3 de Dezembro de 1552. As suas numerosas cartas suscitaram muitas vocações missionárias.

Canonizado com Inácio em 1622, é o padroeiro das Missões.

 

“amigos en el Senor...”

Nasceu em Toledo. Estudou Literatura e Linguas Clássicas na Universidade de Alcalá, onde alcançou o grau de Mestre em Artes, com 18 anos. Aqui se faz amigo de Laínez, e por ele ouve falar de Inácio. Estuda de seguida filosofia e teologia em Paris, onde entra no círculo de amigos de Inácio, fazendo votos de peregrinação em Montmartre.

Foi escolhido por Paulo III (juntamente com Laínez e Jayo) para teólogo do Concílio de Trento. Impressionava pela sua argumentação e elegância. Entregava-se por outro lado ao confessionário e á pregação, e ao serviço aos pobres, doentes e presos.

Em 1551 é chamado por Inácio a Roma para participar nas deliberações relativas à redacção das Constituições. É enviado depois para o recém fundado Colégio de Nápoles. Mas reaberto o Concílio, o Papa envia-o de novo para Trento. Em finais de julho de 1555, acompanha o Núncio na sua missão junto da Dieta de Augusburg, na Polónia, Irlanda e Bélgica. Quando Lainez, já geral, funda a Província de Nápoles nomeia-o provincial e ali se conserva por cerca de 18 anos, até ser substituído por Claudio Acquaviva em 1576.

Na ultima década da sua vida dedica-se à produção literária, escreveno 16 volumes de comentários ao Novo Testamento. Veio a morrer com “ânimo tranquilíssimo” a 13 de Fevereiro de 1585, em Nápoles e teve solenes funerais.

 

Simão Rodrigues (1510/1579)

 

Nasceu na pequena vila de Vouzela, em Portugal. Parte para a corte com 16 anos e dali para Paris como Bolseiro Régio, protegido por D. João III, juntamente com seu irmão Sebastião, ingressando ambos no Colégio de Santa Bárbara, em 1527, que era dirigido pelo português Diogo de Gouveia. Aí conhece Inácio e entra no seu círculo de amigos em 1532, fazendo Exercícios Espirituais e integrando o grupo dos votos de Montmartre.

Em 1536 recebe o grau de Mestre em Artes e, parte, nesse mesmo ano em peregrinação, com todos, a caminho de Jerusalém. Quando em 1540, D. João III pede a Inácio, através do seu embaixador Pedro de Mascarenhas, missionários para evangelizar o Oriente, este envia Simão e Francisco Xavier. O rei porém afeiçoa-se de tal modo a Simão que não o deixa partir e assim fica no reino onde lançará as bases da 1ª provincia da Companhia, da qual foi 1º provincial, fundando em 1542 o Colégio de Coimbra. Em 1552, será nomeado provincial de Aragão, mas em breve regressa a Portugal. O seu governo veio depoois a ser alvo de contestação, por ser acusado de brandura, parcialidade e alguma acomodação aos favores régios.

Sobrevém uma crise de autoridade na província, e Inácio chama-o a Roma, apesar de alguma relutância da sua parte, onde o recebe caridosamente e demite-o do cargo de provincial (substituindo-o por Diogo Mirão). Data dessa crise a famosa “Carta da Obediência”, bem como a saída de numerosos jesuítas. É submetido a um julgamento interno, sendo considerado culpado e são-lhe impostas severas penitências (de que Inácio o dispensará). Rodrigues passará alguns anos retirado em Bassano, e depois vive em Veneza e em Padua e de novo em Roma. Em 1564, é enviado para Espanha, a seu pedido, e aqui vive em Andaluzia, Múrcia e Toledo.

O 4º Geral, Mercuriano, autoriza em 1573, o seu regresso a Portugal, após mais de 20 anos, e pede-lhe que escreva um memorial sobre os primeiros tempos da Companhia,  que se intitula “Origem e Progresso da Companhia de Jesus”.

Vive os ultimos anos na casa professa de S. Roque, em Lisboa, onde se apaga, a 15 de Julho de 1579.
 
 

 Claudio Jayo (1504/1552)

Originário da pequena paróquia de Mieussy, na Saboia, a 30 km de Genéve. Amigo de infância de Pedro Fabro, ambos estudaram no Colégio de La Roche. Ordenado sacerdote em Genéve em 1528, é visitado por Fabro, que lhe recomenda que venha estudar para Paris.

No Outono de 1534 Jayo parte para Paris, onde alcança o grau de Mestre em Artes. Fabro dá-lhe Exercícios Espirituais e entra no circulo de amigos de Inácio. Participará apenas da renovação de votos de 1535. Com os companheiros parte para Veneza e depois para Roma e aí toma parte nas deliberações sobre a fundação da Companhia.

Jayo tinha um caracter modesto, gentil e simpático  como Fabro. Faz trabalho pastoral em Itália, depois na Alemanha, participa ainda no Concílio de Trento e na Dieta Imperial de Augusburg, onde conhece e se faz amigo de Pedro Canísio. Os ultimos anos da sua vida trabalha em Viena, como Reitor da Universidade.

Veio a falecer, com 48 anos, vitimado por uma febre, a 6 de Agosto de 1552, em Viena.

 

 

Nicolau Bobadilla (1509/1590)

Nasceu numa pequena aldeia, chamada Bobadilla del Camino (da qual tomou o nome), na diocese de Palência, em Castela.

Conhece Inácio em Paris, cujo grupo integra e faz votos em Montmarte.

Enviado à Alemanha, onde trabalha com grande sucesso, como pregador, foi o 1º jesuíta a ser banido do Império por Carlos V.

Acompanha o Nuncio a Augusburg e foi activo teólogo e conselheiro nas negociações que precederam o “Interim”, o acordo entre Católicos e Protestantes (onde se autorizava a comunhão sob as duas espécies e o casamento dos sacerdotes). Bobadilla declarou-se firmemente contrário, acabando por se ver expulso do império. Chegando a Roma coloca Inácio num dilema, pois este não queria desgostar nem o Imperador, nem o Papa (contrário ao Interim). Bobadilla tinha um caracter dificil, muito seco e rude, mas muito directo e frontal contra todo o tipo de hipocrisia.

Após ter deixado a Alemanha em 1548, trabalhou na Italia e na Dalmácia.

Entrou por vezes em desacordo e mesmo em conflito com Inácio, razão pela qual este nunca o chamou para funções de governo. Excluído da preparação da 2ª Congregação Geral, que elegeu Lainez, tomará parte na eleição dos primeiros cinco gerais. Sentindo-se ignorado pela 2ª geração de Lainez, Polanco e Nadal, chegará a queixar-se ao Papa.

Veio a falecer a 23 de setembro de 1590, no santuário do Loreto, na província de Ancona, em Itália, com 80 anos.
 

         Pascasio Broët (1500/1562)
Jean Codure (1508/1541)

Nasceu cerca de 1500 na Picardia, no norte de França, de uma família de agricultores abastados. Era piedoso, generoso e leal, com uma figura atlética  e de barba loira.

Foi ordenado sacerdote em  1524, e após 10 anos de trabalho pastoral na sua região, veio para Paris em 1534 para terminar os seus estudos.

Pedro Fabro deu-lhe os Exercícios Espirituais e fê-lo ingressar o circulo de amigos de Inácio,  tendo participado da renovação de votos de 1535 .

Exerceu o seu ministério em diversas cidades de Itália e França e contribuiu para a fundação dos colégios de Bolonha e Ferrara.

Foi nomeado Provincial de Itália em 1551 e de França em 1552, onde teve que fazer frente á oposição de Arcebispo de Faris, da Universidade e do próprio Parlamento, bem como das outras ordens religiosas. Só em 1561 na conferencia de Poissy se conseguiu a aprovação da Companhia em França.

Morreu a 14 de Setembro de 1562 em Paris, de uma infecção resultante da assistência a empestados.

 

Nascido a 24 de Junho de 1508, na Provença, França, e foi um dos primeiros companheiros desde o inicio em Paris, tendo feito os Exercicios orientados por Fabro. Integrou o grupo dos votos de Montmartre em 1536 e foi ordenado em Veneza em 1537.

Foi preso em Pádua por pregar o Evangelho.

Paulo III nomeou-o confessor da Madama Margarida de Austria (filha do imperador  Carlos V).

Trabalhou com Inácio  na elaboração de 49 paragrafos das Constituições da Companhia de Jesus. Escreveu um comentário aos Exercícios feito para quem os faz. 

Faleceu a 29 de Agosto de 1541, em Roma, subitamente, com 33 anos.

Diego Lainez (1512/1565)

Nasceu em Almazan, no Reino de Castela, e tinha antepassados judeus.

Tinha uma formação superior em escolástica, filosofia e teologia, com uma inteligência clara e astuta, tendo-se destacado no Concílio de Trento, participando nas 3 fases, dando um importante contributo para as discussões relativas à questão da justificação e da Eucaristia, que foi muito admirado por todos.

Quando Inácio morreu em Roma, Laínez era o único que se achava na Casa professa de Roma  e foi acetido por uma semana por violenta febre, chegando a receber a extrema unção.

Melhorando, foi escolhido para vigário geral da Companhia e eleito geral  a 13 de Julho de 1558 (esta demora ficou a dever-se aos acordos de paz entre a Santa Sé e a Espanha). Recebido pelo Papa Paulo IV, com rasgados elogios, o pontifice recusou a aprovaçãdas Constituições e impôs por decreto a introdução do coro.

Em 1558 introduziu as assistências (quatro: Espanha, Portugal, Itália e Alemanha) .

Veio a falecer a 19 de Janeiro de 1565, em Roma, com 53 anos de idade, assistindo a um crescimento extraordinário dos membros da Companhia (de 1000 para 3500 em apenas nove anos)

JUBILEU 2014

200 Anos da Restauração da Companhia de Jesus

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